Vivemos em um mundo multicolorido e podemos ver tantas nuances de cor porque nossos olhos possuem cerca de 6 a 7 milhões de células especiais, denominadas cones, que reagem aos estímulos luminosos e têm sensibilidade para diferenciar os vários comprimentos de onda que correspondem às diferentes cores. A percepção de luminosidade (claro e escuro) é feita por células denominadas bastonetes.
Entre os animais, a capacidade de ver cores é bastante variada e se relaciona à presença ou ausência dos cones ou ao seu funcionamento. Os seres humanos possuem três tipos de cones, cada um deles sensíveis a comprimentos de onda longos (L), médios (M) e curtos (S). O funcionamento inadequado dessas células gera problemas na visão em cores, como por exemplo, o daltonismo (discromatopsia), onde há dificuldade em distinguir algumas cores. Pessoas com daltonismo têm dificuldade em identificar as cores de um semáforo (farol) de trânsito, por isso, deveria haver um padrão na disposição das luzes, de modo que essas pessoas pudessem identificar a cor somente pela mudança na luminosidade quando a lâmpada acendesse.
Muitos dos animais que convivem conosco têm uma visão em cores bem mais limitada do que a nossa. Cães, vêm principalmente tons de cinza e alguns tons de amarelo e azul. Os gatos e felinos em geral, vêem com menos cores ainda, no entanto, esses animais têm visão noturna muito eficiente.
Na foto da esquerda a cena como vista pelo olho humano, na direita, a mesma cena como seria vista pelos cães. (fonte: http://www.colormatters.com/color-matters-for-kids/how-animals-see-color).
Na foto da esquerda, a imagem como seria vista pelo olho humano, na direita, a imagem como seria vista pelos gatos.
Mas, qual a origem de tantas cores?
A luz branca, como a do Sol, é formada pela combinação das diversas cores que compõem o espectro visível ao olho humano.
Quando decomposta, a luz branca revela sua verdadeira constituição: a associação de vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (ou índigo) e violeta.
Podemos ver essas cores nos arco-íris, que se formam quando as gotas de água em suspensão no ar, produzem a dispersão dos raios de luz do Sol e decompõe a luz branca.
O fenômeno da dispersão da luz branca, também pode ser observado em um CD. Quando um feixe de luz branca incide sobre as ranhuras muito estreitas do CD, essa luz se dispersa, revelando as cores que a compõe. Experimente e teste diferentes fontes de luz.
E como vemos as diferentes cores?
Quando a luz branca incide sobre um corpo azul, por exemplo, o corpo absorve todas as outras cores do espectro visível e reflete somente o azul. Um corpo de cor branca é aquele que reflete todas as cores, sem absorver nenhuma.
As cores que não se decompõe em outras, são denominadas cores primárias, são elas: o amarelo puro, o azul ciano e o vermelho magenta ( um vermelho mais próximo do lilás).
Quando as cores se sobrepõem, formam toda a gama multicolorida que conhecemos.
Por exemplo: o vermelho que usamos no dia a dia é uma mistura do vermelho magenta com o amarelo. Observe na ilustração acima que o vermelho se encontra entre o amarelo e o magenta, na região onde as duas cores se misturam.
Podemos realizar uma experimentação bem simples, mas bastante curiosa que demonstra esse fato. Para isso serão necessários:
– papel branco
– lápis de cor amarelo
– pedaço de plástico transparente vermelho
Com o lápis de cor, desenhe um pássaro amarelo no papel (não o contorne de preto). Coloque sobre seu desenho o plástico vermelho transparente. Observe. Procure explicar o observado.
Professor:
A experimentação é bem simples, mas a explicação requer que os alunos tenham compreendido os conceitos que explicam as diferentes cores e como somos capazes de identificá-las. O desenho amarelo foi feito em papel branco, isto é, o papel branco reflete todas as cores, menos o amarelo do desenho. Quando cobrimos o papel e o desenho com o plástico vermelho (feito com pigmento vermelho magenta e amarelo), o plástico filtra a luz branca (que tem todas as cores em sua composição) e deixa passar a cor vermelha. Mas o plástico também tem amarelo em sua composição, então, esse amarelo também é refletido, porém, nossos olhos não têm sensibilidade suficiente para distingui-lo do vermelho e por isso o desenho parece ter sumido.